Neste espaço podemos comentar sobre diversos assuntos, inclusive sustentabilidade e política.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Caminhando e Cantando
Nina Simone - Love Me Or Leave Me
Eunice Kathleen
Waymon mais conhecida pelo seu nome
artístico, Nina Simone (Tryon, 21 de
fevereiro de 1933 – Carry-le-Rouet, 21 de abril de 2003) foi uma grande
pianista, cantora e compositora americana.
Nina Simone se
aventurou por vários estilos, desde o gospel,
passando pelo soul, blues, folk e jazz. Foi uma das
primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard
School of Music, em Nova Iorque.
Sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino ativista
da causa negra, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa
igreja de Birmingham em 1963.
Nina esteve duas
vezes no Brasil, gravou com Maria Bethania e seu último show ocorreu em 1997 no Metropolitan.
Era uma intérprete visceral, compositora inspirada e tocava piano com energia e
perfeição. Morreu enquanto dormia em Carry-le-Rouet em 2003.
Concentração de gases de efeito estufa foi recorde em 2011
A acidez nos
oceanos está aumentando, afetando a cadeia alimentar marinha e recifes de
corais
A Organização
Meteorológica Mundial (OMM) informou nesta terça-feira (20) que a concentração
de gases de efeito estufa na atmosfera foi recorde em 2011. Entre 1990 e 2011,
houve aumento de 30% no reforço radiativo, como é chamado o efeito que causa o
aquecimento global. As informações são da Rádio das Nações Unidas.
O dióxido de carbono (CO2) foi o principal responsável pela alta. Sua concentração na atmosfera foi de mais de 390 partes por milhão no ano passado, um aumento de 140% na comparação com os níveis da era pré-industrial.
O dióxido de carbono (CO2) foi o principal responsável pela alta. Sua concentração na atmosfera foi de mais de 390 partes por milhão no ano passado, um aumento de 140% na comparação com os níveis da era pré-industrial.
Futuro
Segundo a OMM, desde 1750, cerca de 375 bilhões de toneladas de carbono foram lançadas no ar, principalmente a partir da queima de combustível fóssil. Enquanto metade desse total de CO2 fica na atmosfera, a outra parte é absorvida pelos oceanos e pela biosfera terrestre.
Segundo a OMM, desde 1750, cerca de 375 bilhões de toneladas de carbono foram lançadas no ar, principalmente a partir da queima de combustível fóssil. Enquanto metade desse total de CO2 fica na atmosfera, a outra parte é absorvida pelos oceanos e pela biosfera terrestre.
O diretor-geral da
OMM, Michel Jarraud, fez um alerta, destacando que emissões futuras de CO2 só
vão piorar a situação, fazendo com que o planeta fique cada vez mais quente e
tendo impacto em todos os aspectos da vida.
Equilíbrio
Já ações e
processos que removem os gases de efeito estufa da atmosfera são considerados
essenciais para um balanço do quadro. Florestas, solo e mares absorvem CO2
naturalmente. Jarraud lembra que a acidez nos oceanos está aumentando, afetando
a cadeia alimentar marinha e recifes de corais.
Exame pretende identificar riscos de câncer de mama
Luan Santos
Oncovue promete
diagnosticar os riscos de desenvolver a doença
Segundo tipo mais
frequente no mundo, o câncer de mama poderá ser diagnosticado antes mesmo de
ser desenvolvido nas mulheres. Pelo menos é o que pretende o exame Oncovue, que
promete diagnosticar os possíveis riscos de a mulher vir a ter a patologia. O
exame chegou ao Brasil no primeiro semestre deste ano. Na Bahia, há seis
profissionais credenciados para a realização do procedimento, três deles em
Salvador.
Na capital, os
mastologistas Anna Paola Gatto, Karla Kalil e Ezio Novais, baiano e presidente
da Sociedade Mundial de Mastologia (SIS), são os credenciados. Segundo Karla, o
Oncovue é confiável e pode ajudar na prevenção da doença. "Eu indico o
exame para pacientes com histórico de câncer de mama em parentes de primeiro
grau e que têm alguma doença genética", relata.
Caso o resultado
aponte alto risco de a paciente desenvolver a patologia, Karla indica que a
paciente retire as glândulas mamárias ou que faça consultas com maior
frequência. A mastologista Anna Paola Noya Gatto chama a atenção, no entanto,
para um ponto importante. "Vale ressaltar que o exame não dá o
diagnóstico, mas sim o grau de risco de a mulher vir a ter a doença",
esclarece.
Análise - O exame,
desenvolvido em 2008 nos EUA pelo cientista Eldon Jupe, chegou ao Brasil no
primeiro semestre deste ano e é realizado a partir de amostras biológicas (DNA)
da boca da paciente. A partir da análise deste material, será diagnosticado
risco normal, moderado ou alto. De acordo com o consultor técnico da Oncovue,
Paulo de Tarso Cruz, o primeiro passo para a realização do exame é a coleta de
amostra biológica, feita por meio de um tubo contendo de 10 a 15 ml de
enxaguatório bucal.
"O exame não é
encontrado em farmácias ou hospitais. Apenas um médico credenciado pode
realizar o Oncovue", afirma o mastologista. Após recolhidas, as amostras
são enviadas aos EUA para a análise, feita pelo laboratório Intergenetics, que
desenvolveu o procedimento. O resultado é enviado, via e-mail, após cerca de 21
dias para o médico, que informará a paciente.
De acordo Eldon
Jupe, o Oncovue é resultado de 10 anos de estudos e já aprovado e válido para
todas as mulheres. "Com o Oncovue, poderemos modificar a incidência do
câncer de mama, a partir do momento em que poderemos ter conhecimento de
problemas futuros".
Preço - Apesar de
inovador, o exame ainda não é acessível a todas as camadas da população. De
acordo com Cruz, o teste custa em torno de US$ 4 mil (cerca de R$ 8 mil). Os
pesquisadores que desenvolveram o Oncovue estimam precisão maior que 99,999%,
mas alguns especialistas consideram que ainda é cedo para fazer tal afirmação,
já que é necessário concluir estudos referentes à sua eficácia com pacientes
brasileiros.
"É um exame
que ainda não tem utilidade. As populações brasileira e norte-americana são
diferentes. Por isso estamos realizando novos estudos, que devem ser concluídos
no próximo ano", considera o presidente da Sociedade Brasileira da
Mastologia, Carlos Alberto Ruiz. Para Ezio Novais Dias, o exame é promissor do
ponto de vista da prevenção do câncer de mama, mas considera cedo para falar em
99% de previsão. "A comunidade científica ainda aguarda outros resultados
que comprovem a eficácia do Oncovue", ressalta.
Prevenção - Embora a chance de
cura do câncer de mama chegue a 95% caso a detecção seja precoce, uma parcela
das mulheres brasileiras ainda vê a doença como incurável. Levantamento
divulgado no último mês pelo Data Popular mostrou que, para 20% das mulheres, o
diagnóstico da patologia é praticamente uma sentença de morte.
Além disso, estudo
feito em centros de oncologia do Brasil, entre 2006 e 2009, mostrou que apenas
20% das mulheres com câncer de mama no País são diagnosticadas no estágio
inicial da doença. Nos EUA, o índice é de 61%. Especialistas afirmam que estes
dados evidenciam a falta de informação sobre o câncer de mama, o que representa
um obstáculo para a prevenção da patologia. Para eles, a principal forma de
prevenir a doença é o diagnóstico precoce.
Ruiz diz que as
mulheres têm medo do diagnóstico. "A informação pode desmistificar este
medo. É preciso conscientizar de que existe vida além do câncer",
salienta. O presidente da SIS, Ezio Novais, explica que não existe outro
mecanismo para evitar a doença além da mamografia anual em mulheres acima dos
40 anos e informa que a patologia é mais comum entre os 40 e 65 anos.
O profissional
lembra ainda que o autoexame não fornece o diagnóstico do câncer no estágio
inicial. "Ele diagnostica apenas quando o nódulo está com 1 cm ou 1,5 cm,
já em estágio avançado. Por isso, a melhor maneira de prevenção é a mamografia
anual", orienta.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Cidade Bicicleta: obras devem começar no 1º semestre de 2013
Em junho deste ano, ciclistas de Salvador fizeram
evento para pedir mais ciclovias e estrutura na cidade
Falar em
"projetos de mobilidade urbana em Salvador" já causa desconfiança na
população da capital baiana, devido ao longo período sem a conclusão do
prometido Metrô. Mas o tema aqui em questão requer uma mudança de mentalidade,
seja por parte da esfera governamental, privada e do público.
É o Cidade
Bicicleta, projeto da Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Governo do
Estado da Bahia), que promete entregar a Salvador uma malha de 217 quilômetros
em ciclovias e ciclofaixas, o que pode tornar a capital baiana a cidade
brasileira com maior oferta de vias para o uso da "magrela" no país.
Orçado em sua
totalidade no valor de R$ 40 milhões, o Cidade Bicicleta já está em curso, com
a abertura de licitações para os projetos executivos de cinco etapas: os
trechos da Arena Fonte Nova (etapa A, 5,47 km), Centro Antigo (etapa B, 13,74
km), Centro-Orla (etapa C, 14,01 km), Orla (etapa D, 16,06 km) e Itapagipe
(etapa E, 14,6 km).
A promessa é que as
obras comecem de fato entre os meses de maio e junho de 2013. Quem garante é o
superintendente de desenvolvimento urbanístico da Conder, Antônio Brito.
"Com o
resultado da licitação, o vencedor terá quatro meses para desenvolver o projeto
executivo, o que deve acontecer até o final de março (de 2013). Depois, será
aberta uma nova licitação para a obra, que ocorrerá entre abril e maio. Então,
é possível que o início das obras aconteçam entre o final de maio e o início de
junho".
As obras começam
pela realização dos trechos da etapa A (entorno da Arena Fonte Nova) e etapa B
(Centro Antigo), que terão os resultados das licitações do projeto executivo
divulgados no próximo 21 de novembro. O custo estimado para estas duas etapas é
de R$ 3.919.800,00. As outras etapas tem previsão de custo estimado em R$ R$
6.134.280,00 (etapas C e D, Circuito Centro-Orla e Orla) e R$ 2.978.400,00
(etapa E, Itapagipe). No dia 3 de dezembro, serão divulgados os vencedores
dos editais do projeto executivo do Cidade Bicicleta para as etapas C, D
e E.
Apesar de ter o
início de sua implementação no vácuo das obras para a realização da Copa do
Mundo no Brasil em 2014, com verbas do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)
e do próprio governo estadual, Antônio Brito afirma que o projeto do Cidade
Bicicleta foi feito principalmente pensando na classe de renda mais baixa.
Segundo pesquisa
feita pela Conder em Salvador, em 2009, 60% dos usuários de bicicletas na capital
baiana não tem renda ou ganham até uma salário mínimo. Além disso, 66% dos
entrevistados declararam usar o veículo não motorizado para trabalhar.
"O Cidade
Bicicleta foi pensado para eles. O projeto surgiu como um desenvolvimento de
transporte não motorizado para Salvador. A Copa só veio a ajudar o início da
sua implementação, mas não se restringe ao entorno da Arena ou locais de
visitação turística. A malha chega ao Subúrbio, Lauro de Freitas... . Estas
pessoas já se locomovem na cidade com bicicleta, até por não ter dinheiro para
outros tipos de transporte. Precisamos oferecer a elas uma mobilidade sem que
tenham sua segurança comprometida devido aos veículos. Na nossa pesquisa, 84%
dos entrevistados indicou a segurança no trajeto como o maior problema",
diz Brito.
Escrito por Lucas Cunha
Fonte: A Tarde
O LÍDER APRENDENDO A CONTROLAR AS SUAS EMOÇÕES
LIDERANÇA E LÍDER
A liderança está atrelada ao
poder, autoridade e influência, por conta disso devemos analisar esses três conceitos.
O poder é, de acordo com Lino (2006), a capacidade de a pessoa transformar o
espaço em que vive, ou seja, a competência de um indivíduo em interferir, e até
mesmo, direcionar as atitudes, opiniões e comportamentos de outra pessoa na
medida em que controla as ações desta.
Já, a autoridade é pautada
na habilidade, na relação entre recompensas e obrigações, além de garantir a
influência de um indivíduo sobre os demais membros da empresa, no que se refere
ás atitudes, ao comportamento e as emoções.
A influência está, conforme Lino
(2006), ligada ao fato do sujeito acreditar que os aspectos internos ou
externos de uma organização direcionam os seus pensamentos, conduzem seu
comportamento e atos.
Dessa forma, a liderança
engloba esses conceitos, e ela é denominada como a função na qual uma pessoa se
enquadra dentro do grupo, além do mais, é um processo de influência que
acontece no meio organizacional e é compartilhado entre a equipe. Neste caso,
cada membro deve liderar no determinado momento ou em certos setores, tendo o
objetivo de atingir o resultado satisfatório para instituição.
Podemos ressaltar que essa
concepção se assemelha a ideia de liderança defendida por Hunter (2004, p.25),
a qual diz ser uma “habilidade de
influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos
objetivos identificados como sendo para o bem comum”. Com isso, o líder deve
está atento às necessidades e interesses do grupo, buscando estimular os
funcionários, a fim de colaborar para um ambiente mais agradável e
participativo em que todos se sintam parceiros da empresa a ponto de alcançar
as metas dessa corporação.
Segundo Bittel (1982,
p.40), “liderança é o artifício de fazer com que outras pessoas o sigam e façam
voluntariamente aquilo que você deseja que elas façam”. É fundamental que o
líder tenha um bom relacionamento com os seus colaboradores, e possa de maneira
harmoniosa e argumentativa convencê-los a seguirem as suas prescrições, mas
sempre respeitando e estando aberto para as sugestões da equipe.
Assim,
a pessoa é considerada uma líder quando ela assume as suas responsabilidades,
valoriza o esforço dos seus seguidores, reconhece as suas falhas e limitações e
sabe lidar com as suas emoções, enfim, tendo essa postura de liderança não só
dentro da empresa, mas também, nas demais esferas sociais, como no seu bairro,
no ciclo de amizade, na família.
O
LÍDER E O CONTROLE DAS EMOÇÕES
Antes de
analisamos os diferentes caminhos que o líder deve seguir para administrar as
suas emoções, faz-se necessário conhecermos o conceito de emoção para melhor
compreensão do texto.
Segundo Daniel Goleman
(2007), a palavra emoção significa: “impulso
para agir, planos instantâneos para lidar com a vida que a evolução nos inferiu”.
Neste sentido, o ato de se emocionar implica em agir e reagir a diversas situações,
tornando a vida mais dinâmica. E a depender da circunstância uma ou várias
emoções podem aflorar no indivíduo. Visto que há centenas de emoções com
combinações ou divergências coexistindo em uma pessoa.
Existem, de acordo com Lino (2006),
emoções qualificadas como positivas ou negativas. As positivas causam sensações
de prazer e tranquilidade naquele que as sente, como é o caso da alegria,
esperança, amor, coragem, paciência. E as negativas provocam o inverso, muitas
vezes, um stress ou mal-estar para o corpo.
Elas são: raiva, ódio, ira, tristeza, inveja.
Tais emoções são partes
integrantes da natureza humana, logo, o líder, por ser um humano, também as possui.
Desse modo, ele deve saber controlar as suas emoções, sobretudo as negativas. Controlar
não no sentido de reprimi-las, pois pode desencadear uma doença, e sim entender
as emoções e usá-las ao seu favor.
A partir dos estudos e
orientações dos psicólogos, observamos que para o líder controlar as suas
emoções de maneira inteligente, é de antemão primordial que ele exercite o
autoconhecimento, identificando seus pontos fracos e fortes, descobrindo formas
de aprender a se motivar.
Conforme Goleman (2007), o
líder só consegue controlar suas emoções mediante a autoconsciência, a qual
significa reconhecer as emoções e as situações que geram raiva, ira, medo, angústia,
ódio, insegurança, e a partir disso desenvolver um dialogo interno construtivo,
criticando o seu pensamento e transformando essas emoções negativas em uma
maturação interna. Uma vez que, as mesmas necessitam ser contidas e administradas
para não torna o ambiente de trabalho um local de desarmonia e insatisfação.
Partindo do pressuposto que a
autocrítica é determinante para o equilíbrio emocional do líder, pois o faz
repensar as suas atitudes perante aos seus subordinados, em um dado momento que
julgue incoerente o seu posicionamento, mostrar-se-á arrependido e corrigirá o
erro.
Quando o gestor sabe
administrar suas emoções e entende que elas afetam indiretamente o
comportamento dos seus colaboradores e possivelmente a produção, ele consegue
obter vantagens e ter uma maior facilidade de seguir regras que regulam a notoriedade
da política da empresa. Isso porque cada emoção desperta um tipo de reação a
depender do indivíduo e o ato gerado pode trazer benefícios ou malefícios.
Na concepção de Goleman
(2007), é mais importante o líder agir de maneira emocionalmente inteligente
nas reuniões da empresa e na relação com os seus colaboradores, clientes e
superiores, e compreender as emoções dessas pessoas do que as suas habilidades
intelectuais para atingir o sucesso.
Cury (2008), ainda enfatizava
que se soubermos lidar com as nossas emoções e as alheias, provavelmente agiremos
de forma mais coerente nos momentos de conflitos, pois deixaremos a pessoa que
cometeu algum deslize se acalmar, para só depois, conversarmos com ela sobre o
fato, apontando os seus erros e indicando soluções. Podemos afirmar que o líder
que tem essa atitude, evitar maiores conflitos e desavenças no trabalho.
CONCLUSÃO
Levando-se
em consideração todos os fatos abordados no texto, concluímos que o controle
das emoções parte do pressuposto que o líder enquanto uma figura que representa
a liderança seja ela de uma empresa, ou de um setor específico, necessita ter o
pleno domínio, controle e equilíbrio das suas próprias emoções, para que assim
ele possa mediar e intervir , quando necessário em situações conflituosas que
venha a prejudicar o desenvolvimento e a motivação dos funcionários envolvidos,
ocorridas no ambiente de trabalho e geradas por seus colaboradores. O líder não
pode permitir que suas emoções colaborem para resultados que fujam do controle,
como já foi constatado, quando as
pessoas que não conhecem profundamente o seu eu e não fazem o exercício de
reflexão, na perspectiva de repensar seus atos e atitudes, não obtém o domínio
das suas emoções. Logo não terão como controlar as emoções dos seus ajudantes,
para que estes venham a contribuir para um ambiente mais harmonioso.
É
importante dizer que os grupos de trabalho precisam estar motivados de maneira
que todos devem se sentir pertencentes à companhia, estando bem relacionados,
pois sabemos que esses fatores contribuem para o bem estar da pessoa e do
grupo, existindo mais qualidade de vida no ambiente de trabalho, aumentando a
produtividade e o desempenho de cada um, trazendo assim resultados positivos
para toda a organização. O líder necessita está atento às relações
interpessoais entre os empregados, a fim de evitar possíveis problemas a ter
que resolver. Deste modo, o gestor não deve admitir que possíveis conflitos
chegue à influenciar negativamente na convivência dos funcionários, impactando
nos lucros da corporação.
Portanto,
o controle das emoções, mesmo para aqueles que o sobrepujam, é tarefa difícil,
visto que, mesmo o líder tendo a informação e o equilíbrio do que é
imprescindível saber para administrar suas emoções, ele também está sujeito a
perder este domínio. Sendo assim, entendemos que o controle das emoções é algo
que está muito intrínseco no indivíduo e é determinante a situação vivida. O
autoconhecimento, ter autocrítica e refletir sobre seus atos e atitudes vão
permitir, assim, possíveis melhorias e garantir o êxito nas organizações e nas
relações hierárquicas dentro do ambiente de trabalho.
REFERÊNCIAS
ALONSO, Vera Lucia Chaves; EVANGELISTA, Armindo Aparecido; JUNIOR, Nelson
Alonso ; JUNIOR, Sergio Braga;
RAMOS, Andre Luiz. Inteligência Emocional dos Gestores de
Pequenas e Médias Empresas.
VIII Simpósio de Excelência em Gestão
e Tecnologia. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/artigos11/23914207.pdf.
Acesso em: 11 de julho de 2012
BITTEL, Lester R. Supervisão eficaz. São Paulo:
McGraw-Hill do Brasil, 1982.
COUTO , Elisama de
Souza Aguiar; JUNQUEIRA, Fernanda
Campos; PEREIRA, Marlon Kenupp da Silva. A Importância da
Inteligência Emocional na Atuação de um Líder. VIII Simpósio de Excelência em Gestão
e Tecnologia- SETeG. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/artigos11/38814405.pdf.
Acesso 10 de julho de 2012
CURY, Augusto. Oitavo código da inteligência: código do eu
como gestor da emoção. In: O código da inteligência: a formação de mentes
brilhantes e a busca pela excelência emocional e profissional. Rio de Janeiro:
Thomas Nelson Brasil/Ediouro, 2008.
GOLEMAN, Daniel, ph.D. Inteligência Emocional. Rio de Janeiro.
Objetiva, 2007
HUNTER, James C. O monge e o executivo. Rio de Janeiro:
Sextante, 2004.
LINO,
Tiago Alexandre Lopes R. Liderança
emocional. Trabalho de licenciatura- Universidade Autônoma de Lisboa,
2006.Portal dos psicólogos.Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0055.pdf.
Acesso 10 de julho de 2012
VALLE,
Patrícia Barroso do. Inteligência emocional no trabalho: um
estudo exploratório. 48 f .
Dissertação - (Mestrado profissionalizante em administração) – Faculdade de
Economia e Finanças IBMEC, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em:
http://www.saudeetrabalho.com.br/download_2/inteligencia-emocional-psiconsult.pdf.
Acesso em : 10 de julho de 2012
Planejamento Familiar
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Planejamento familiar direito assegurado
pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei 9.263/96, fala sobre um conjunto
de ações planejadas que possibilitem as pessoas optarem por ter filhos ou adiar
o aumento do número de membros da família. Essa prática previne gravidez
indesejada, gestações com grau de risco e partos com maior espessamento de
tempo.
Uma Política de Planejamento Familiar
foi instituída no Brasil a partir de 2007 que abrange vários métodos
contraceptivos gratuitos ou a preços reduzidos. A mulher tem a possibilidade de
optar pela forma mais adequada, na concepção dela, de fazer esse controle.
Existem vários programas de saúde no sentido de orientar as mulheres sobre esse
assunto.
Os métodos contraceptivos são
utilizados por pessoas que tem vida sexual ativa e querem evitar uma gravidez.
Há métodos reversíveis, também chamados de temporários, aqueles que ao deixarem
de ser utilizados, permitiram uma gravidez e os métodos irreversíveis
conhecidos como definitivos são aqueles que exigem intervenção cirúrgica, como
vasectomia para os homens e laqueadura tubária para as mulheres.
Além disso, eles também protegem de
doenças sexualmente transmissíveis. Os vários métodos contraceptivos disponíveis,
como a camisinha masculina e feminina, o dispositivo intra-uterino (DIU),
contracepção hormonal oral (pílula) e injetável, implantes, espermicida,
abstinência periódica, contracepção cirúrgica e de emergência, dentre outras.
Falando sobre tantos métodos
contraceptivos disponíveis no mercado, torna-se necessário e indispensável o
acompanhamento de um profissional de medicina para melhor definir a escolha de
qual método deve ser utilizado, pois levará em consideração características
pessoais de cada paciente, idade, vida sexual ativa ou não, fatores
reprodutivos e saúde em geral.
DESCONTROLE DA NATALIDADE
Notícias diversa falada e escrita apontam para um cenário de abandono e
total desinteresse sobre Planejamento Familiar e Controle da Natalidade, um
tema de suma importância, que hoje é considerado como um dos principais
problemas que o governo enfrenta. Os aspectos históricos, geográficos, sociais,
antropológicos e culturais, revelam o quanto esses dois fenômenos se bem
operacionalizados, contribuem para o desenvolvimento de um País. Na contramão, o Brasil, pelos dados
estatísticos optou pelo descontrole da natalidade, visto que com o crescimento
indiscriminado da população principalmente menos favorecida, gerando sérios
problemas sociais de vários níveis como: êxodo rural, concentração desordenada
da população, gerando desigualdade social, aumento no número de abortos
clandestinos, mortalidade infantil, abandono de incapaz, má formação
educacional básica, gerando desemprego e outros.
O fenômeno do descontrole da natalidade é algo gigantesco que emperra e
contribui negativamente para progresso nacional. Novas estratégias devem ser
implementadas no sentido de combater tal fenômeno, pois só assim, através de
medidas de médio e longo prazo, terá possibilidade de amenizar e quem sabe até
diminuir problemas dessa ordem.
CONTROLE
DA NATALIDADE
O Controle da Natalidade é um conjunto de medidas
organizadas adotadas pelo governo, no sentido de conscientizar a população
menos favorecida, que voluntariamente limite o número de filhos pretendidos
pelo casal, levando em consideração as condições econômicas da família, com
intuito de possibilitar melhor qualidade de vida dos mesmos.
O Brasil é um país que vive um grande dilema, apesar de ter grandes
áreas disponíveis, tem uma população que cresce desordenadamente, mal
distribuída e sem planejamento, e óbvio, sem nenhum controle de natalidade.
Precisamos desenvolver Políticas Públicas que impliquem numa melhor
distribuição de renda e da população, através de programas sérios que pudessem
atingir o epicentro do problema. Está claro que precisamos repensar
urgentemente nossas políticas, pois não estão compatíveis com a realidade, as classes
de menor poder aquisitivo não podem viver na miséria ou de bolsa família,
onerando, e muito, o orçamento da União, o povo precisa estudar, se
especializar, trabalhar e criar novas perspectivas de vida.
O controle da natalidade pode não ser a melhor solução, mais nos faz
repensar a possibilidade de reorganizar melhor o nosso futuro. Os países mais
desenvolvidos tratam essa questão com muita seriedade, administra seriamente
com eficiência e eficácia o controle da natalidade, pois crescimento econômico
está aliado a um conjunto de outros fatores sociais que definem melhor as reais necessidades de como
enfrentar adequadamente nossa realidade.
O descontrole da natalidade existe,
conhecimento disponível tem, pessoas qualificadas e comprometidas para resolver
o assunto existem, basta que os governantes encarem de frente e, assumam com
responsabilidade, transparência e seriedade o problema, que em médio e longo
prazo teremos conseguido pelo menos o equilíbrio.
CONTROLE DA NATALIDADE NO PRESÍDIO FEMININO
Através
de um trabalho de pesquisa e uma sequência de entrevistas podemos observar que
existe uma preocupação por parte da Instituição Prisional há uns dez anos,
nesse sentido é que na maioria dos casos o descontrole se dá fora dos muros, ou
seja, elas já chegam ao presídio grávidas, e que mesmo assim é desenvolvido um
trabalho de conscientização com a população carcerária feminina com finalidade
de conscientizar e orientar objetivando um melhor e maior controle não só da natalidade, como prevenção
de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, através de métodos
contraceptivos, acompanhamento pré- natal e por fim, se for o caso, o parto.
O Presídio Feminino de Mata Escura tem capacidade de cento e vinte oito
vagas, hoje abriga aproximadamente cento e oitenta internas, dentre as quais
quatros estão gestantes e uma recém parida, segundo informações da direção,
todas chegaram à Unidade Prisional grávidas, o que configura numa prática constante,
confirmando mais uma vez que as Políticas Públicas extramuros não funcionam.
Os serviços de saúde da mulher prestados no Presídio Feminino não chegam
a ser perfeito, mais esforços não são poupados pelos profissionais da área, no
sentido de esclarecer e atuar sobre planejamento familiar, controle da natalidade,
tratamento de doenças sexualmente transmissíveis e prevenções. Apesar dos
números não serem alarmantes, não se pode negligenciar as responsabilidades de
cada profissional e seguimentos da sociedade.
O fato é que o problema existe e, deve
ser combatido de forma ética e eficaz, respeitando as opções de cada um sobre
melhor método a ser escolhido e aplicado, preservando o princípio da dignidade
da pessoa humana independente da situação que o indivíduo se encontre naquele
momento.
CONCLUSÃO
O
Brasil enfrente muita dificuldade em desenvolver Políticas Públicas na área de
Planejamento Familiar. O controle da natalidade continua sendo um grande
paradigma a ser quebrado, pois a falta de interesse público e o descaso sobre o
assunto é acentuado. O descontrole da natalidade impera no país, as autoridades
e a sociedade como todo não demonstra dá nenhuma importância a esse assunto,
assim paga um preço muito alto pelas consequências trazidas em diversos setores
do cenário nacional político, social e econômico, implicando profundamente no
crescimento desordenado da população, gerando insegurança, má distribuição de
renda. Dessa forma o crime organizado fica bem à vontade com ausência do
Estado, desenvolvendo poder paralelo e agindo livremente possibilitando aumento
nas frentes ilícitas de trabalho, passando a competir na contramão fomentando
sistematicamente o encarceramento. Hoje o que se verifica são presídios
superlotados, aumento nos índices de mulheres participando ativamente do crime,
surgindo assim mais um problema no sistema carcerário (herança maldita)
administrar problemas herdados extramuros trazidos agora intramuros passando
conviver com essa nova realidade. Através desse estudo percebemos que mesmo com
todas as dificuldades observadas, o descaso por parte das instituições
envolvidas nesse processo deixa claro que o descontrole da natalidade se dá
extramuros. Esforços não são poupados por parte da Unidade Prisional de Mata
Escura, no sentido de orientar e esclarecer sua clientela para combater um
problema de tamanha importância, o fato é que, as mulheres na sua maioria não
engravidam no cárcere e sim, chegam grávidas da vida cotidiana na rua. O
trabalho desenvolvido hoje é muito eficiente, não só de conscientização e
orientação, mas de prevenir essa demanda através dos diversos métodos
contraceptivos utilizados para prevenção e controle melhor da natalidade ou de
gravidez indesejada, vale salientar que tudo isso é de forma opcional, da
vontade da pessoa. Gestores dessa Unidade Prisional informa que os números
falam por se só, num universo de cento e oitenta presas aproximadamente, apenas
cinco estão gestante, das quais todas já chegaram nesse estado.
O sistema carcerário, ou seja, Presídio
Feminino de Mata Escura localizado em Salvador Bahia, com todas as dificuldades
existentes, desenvolve um bom trabalho nesse aspecto, mesmo assim clama as
autoridades que viabilizem e ampliem políticas públicas externa de curto, médio
e longo prazo que contemplem melhor essa temática, no sentido de que intramuros
os reflexos não sejam absorvidos com tamanha carga. Assim, talvez tenhamos um presídio
mais humano e quem sabe a diminuição de mais um problema dentre tantos outros
existentes.
O planejamento familiar com foco no
controle da natalidade implica diretamente na desigualdade social, pois podem
diminuir o abandono de crianças, índices de mortalidade infantil e ainda
contribui, inibindo a violência entre jovens e aumenta possibilidades de
emprego.
REFERÊNCIAS
DEPEN. População carcerária
brasileira. (qüinqüênio 2003 – 2007). Evolução
& prognósticos. 25. Brasília: Ministério da Justiça/ Departamento Penitenciário Nacional. s/d.
ESPINOZA,
Olga. A mulher encarcerada em face do poder punitivo. São
PAULO: IBCCrim, 2004.
FAUSTO, B. Crime e
Cotidiano: A criminalidade em São Paulo (1880-1924). 2 ed. São
Paulo: Edusp, 2001.
FRINHANI,
Fernanda de Magalhães Dias; SOUZA, Lídio de. Mulheres encarceradas e espaço
prisional: uma análise de representação social. Revista psicologia:
teoria e prática, n., Vitória, 2003. p.61-79.
G1 BRASIL. Brasil tem mais de 27 mil mulheres presas.
Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL751484-5598,00.html
07/09/08 > Acesso em: 12/mar/2009.
HEILBORN (1994), Maria
Luiza. De que gênero estamos falando? In: Sexualidade, Gênero e
Sociedade. ano 1, n° 2. CEPESC/IMS/UERJ, Rio de Janeiro, 1994.
LOBO, Irene. População carcerária feminina mais do
que dobrou nos últimos cinco anos. 2008. Agencia Brasil. disponível
em: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/01/26/materia.2008-01-26.6125037493/view
Acesso em 21/mai/2009.
MISCIASCI,
Elizabeth. Presídio de mulheres, breve introdução. Disponível em ‹http://www.eunanet.net/beth/revistazap/topicos/aumentocrime1.htm›
Acesso em 22/06/09.
OLIVEIRA,
Marcus V. Amorim de Oliveira. Criminalidade feminina: um fenômeno em
transformação. Diálogo Jurídico. Disponível em
‹http: // www.ffb.edu.br .› Acesso em
12/mar/2009.
SALMASSO,
Rita de Cássia. Criminalidade e
condição feminina: estudo de caso das mulheres criminosas e presidiárias de
Marília - Sp. Revista de Iniciação Científica da FFC. v. 4, n. 3, 2004. Unesp, Marília. Disponível em: <ww.portalppgci.marilia.unesp.br/ric/include/getdoc.php?>
Acesso em: 30/abr/2009.
SANTANA, Hildete. Criminalidades
entre mulheres,
2003. Disponível em <http://www.midiaindependente.org>
acesso em 12/mar/2009.
Bahia é o terceiro estado em exploração infantil
Estado aparece no ranking atrás apenas de S. Paulo
e Minas Gerais
É sob o sol do
meio-dia que os irmãos João* e Iracema*, de 10 e 13 anos, trabalham limpando
vidros nos semáforos da Avenida Antônio Carlos Magalhães para conseguir,
ao final do dia, dinheiro para comprar o pão que vai alimentar a mãe
e os quatro irmãos. Moradores da comunidade da Polêmica, em Brotas, os
jovens estão, desde 2011, fora das salas de aula. Na família dos dois, esta
realidade é comum: nenhum dos irmãos está regularmente matriculado na
escola.
Segundo João, a
decisão de afastar os filhos da escola partiu da própria mãe, vendedora de água
mineral nos semáforos, que, ao se separar do marido, precisou que
os filhos trabalhassem para "ajudar a colocar comida dentro de
casa". Hoje, o menino diz não sentir falta da escola. "Aqui
também brinco e tenho amigos. Sei até fazer conta de multiplicar e dividir, de
cabeça", gaba-se. Já Iracema conta que tem vontade de retornar à
rotina escolar: "Eu gostava de fazer o dever de casa, pintar e de arrumar
a minha mochila todos os dias. Hoje, não tem mais jeito, tenho que vir
trabalhar. Mas minha mãe disse que ano que vem a gente vai voltar".
Estatísticas - Os dois não sabem, mas eles fazem parte de uma
triste estatística: na Bahia, cerca de 290 mil crianças e adolescentes, de 10 a
17 anos, trabalham indevidamente, de acordo com a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios de 2011, do Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa
e Estatística (Pnad/IBGE). Em números absolutos, a Bahia ocupa o terceiro
lugar no ranking dos estados com maior número de crianças e adolescentes
trabalhadores, ficando atrás de São Paulo (553 mil) e Minas Gerais (349
mil). O número corresponde a 13,5% do total de crianças e adolescentes na mesma
faixa etária do Estado. Em percentuais, a Bahia é o 10º estado no que se
refere ao índice de trabalho infantojuvenil.
De acordo com o
coordenador nacional do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho
Infantil (Ipec), da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
Renato Mendes, o trabalho infantil, atualmente, assumiu um perfil
diferente do que se observava em 1992, quando as políticas para a erradicação
do problema se efetivaram. "Há 20 anos, quando foi criado o Programa
de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), o perfil do pequeno
trabalhador explorado era diferente de hoje. Estudos comprovam que,
hoje, 40% das crianças e adolescentes que trabalham já não fazem só por causa
da pobreza, mas sim porque querem ter acesso aos bens da modernidade, como celular,
smartphones, tablets, roupas", explica.
* Nomes
fictícios
Escrito por Luana Almeida - A Tarde
Ética, Moral e Valores
ÉTICA MORAL E VALORES
“O homem, quando guiado pela ética, é o
melhor dos animais; Quando sem ela, é o pior de todos.” Aristóteles (384 – 322 a .c). O processo ético de
uma gestão prisional de forma geral, não deve ser abordado, se antes não fizermos
um breve passeio em três aspectos: o princípio ético, a moral e os valores, que
devem ser bem digeridos, pois são de fundamental importância e terão papel
significativo no discorrer desse artigo, apontando assim os mecanismos que
facilitarão o entendimento da matéria.
ÉTICA
É o método de agir das pessoas, a
princípio pode parecer absolutamente individual, por consistir em uma ação
praticada por um sujeito a partir de seu posicionamento no mundo e de uma
decisão por ele tomada. Adquirem outras dimensões, quando verificamos que esse
posicionamento envolve direta ou indiretamente, outros indivíduos e que mesmo
apresentando-se como produto de uma escolha livre e consciente do sujeito, de fato,
ele representa as circunstâncias históricas do agente, sua história pessoal e
sua herança familiar e cultural. (Passos, 2004, p. 23)
MORAL
Conjunto de normas, aceitas livres e
conscientemente, que regulam o comportamento individual e social dos homens.
A moral se diferencia da Ética por seu conteúdo explicativo no âmbito
das idéias que definem certo e errado, justo e o injusto e o bom e o mal, e
outros termos que prescrevem e moldam as ações humanas.
A Ética esta ligada ao princípio
e valores que norteiam a nossa conduta e a moral é a prática desses valores.
VALORES
São critérios
segundo
os quais valorizamos a desvalorizamos as coisas; são as razões que justificam e
motivam as nossas ações, tornando-as preferíveis a outras.
Os valores não são coisas, nem simples idéias que adquirimos mais
conceitos que explicam nossas preferências, vários são os valores, como: Valores
Éticos, referente às normas e critérios de conduta, ex: honestidade, verdade,
lealdade, altruísmo, bondade; Valores Estéticos, referente à expressão, ex:
harmonia, belo, feio, sublime e trágico; Valores Religiosos, referente ao homem
com a transcendência, ex: sagrado, pureza, santidade, imparcialidade,
cidadania, liberdade; e Valores Vitais, ex: saúde e força.
"Os
maiores problemas enfrentados hoje pelo mundo só poderão ser resolvidos se
melhorarmos nossa compreensão do comportamento humano (...). O behaviorismo
oferece uma alternativa promissora..." (SKINNER, 1974/2004, p.11).
ÉTICA
NAS GESTÕES PRISIONAIS
O sistema prisional
brasileiro todos nós sabemos, se encontra em condições precárias em todos os
sentidos: no que se refere à política sócio- econômica, um judiciário sucateado,
código penal ultrapassado, gestores descompromissados com a reinserção social do
preso, unidades prisionais fisicamente sem condições na sua maioria em abrigar
os detentos, e uma série de outros problemas que afetam o cárcere brasileiro.
Assim, é um grande desafio para os
gestores desse ramo: ter, conseguir manter e servir ainda de exemplo ético e
moral para uma sociedade vista como corrupta e passiva do “ jeitinho brasileiro”.
Essa abordagem serve apenas para chamar
atenção como o sistema prisional pode ser uma grande armadilha para seus
gestores, com o advento do crime organizado que é um controle paralelo ao
governo e, deve ser melhor observado, pois não só a corrupção ficou favorecida,
mais também a possibilidade a uma espécie de barganha negativa como:
seqüestros, extorsões, intimidações e ameaças a si e a outrem dificultando de
forma contundente a manutenção da conduta e dos procedimentos éticos morais dos
gestores prisionais.
Entendermos que a ética independe do
seguimento, ela é do homem, contudo a capacidade crítica e analítica de um
gestor prisional deverão ser orientados pela observação das leis e por
princípios éticos.
Um gestor não terá dificuldade de
administrar o sistema prisional, pautado nos princípios éticos, em valores que
direcionam a conduta humana e o uso da moral, o seja, a prática desses valores,
são ingredientes eficazes para o bom andamento da sua gestão.
Agir eticamente deixa de ser uma escolha
e passa então a ser imperativo,
estratégico para a sobrevivência. (SROUR,1994)
CONCLUSÃO
Dentro do que foi visto e exposto, a
Ética no que se refere as gestões prisionais, não difere das outras, pois entendemos que a ética
é comportamento uniforme e deve ser inerente ao homem, alguns seguimentos da
vida, exige mais por força da exposição, mas cabe principalmente aos gestores
prisionais entenderem as responsabilidades e o significado de uma postura ética e, conduzirem de forma moral as
suas atitudes. Portanto apesar do sistema prisional ser uma porta aberta, uma
possível armadilha para a quebra da moral e da ética, cabe aos gestores envolvidos
nesse processo, manterem-se firmes nos
seus propósitos, fortalecendo cada vez mais seus valores éticos e morais e, servindo
de exemplo para seus seguidores e comandados. “O comportamento que qualificamos
de moral de tipos especiais de contingência sociais organizadas por governos,
religiões, sistemas econômicos e grupos éticos. Precisamos analisar tais
contingências se pretendermos construir um mundo em que as pessoas ajam moral e
equitativamente, é um primeiro passo nessa direção é descartar a moralidade e a
justiça como possessões pessoais.“ (Skinner 1974, p. 244). Desse modo, no que
tange ao perfil do Gestor Prisional no quesito Ética, faz-se necessário adequar
um conjunto com valores morais, de forma que impliquem diretamente nas diversas
áreas do sistema Prisional gerenciando e modelando as atividades profissionais,
no sentido de padronizar procedimentos que amenizaram sensivelmente o impacto
nos padrões Éticos, possibilitando a formação de novas culturas de bem estar
coletivo.
REFERÊNCIAS
VAZQUEZ, Adolfo S. Ética,
Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, São Paulo 1999
PASSOS, Elizete. Ética
nas Organizações, São Paulo: Atlas, 2004
Revista Maishumana, www.uff.br/maishumana.
Acesso em 30 de julho de 2012
DINIZ, Eduardo Albuquerque
Rodrigues. Realidade do Sistema
Penitenciário Brasileiro. Jus Navigandi, Teresina. Ano 1, n1, Nov. 1996
disponível em: acesso 04 maio 2009.
COIMBRA, Jose de Ávila
(org.). Fronteiras da Ética. São
Paulo: Editora SENAC, 2002.
Revista Phrónesis, Programa de Pós-Graduação stricto
sensu em Filosofia da PUC-Campinas.
Assinar:
Postagens (Atom)